Google, Facebook, Twitter e WhatsApp aderem ao Programa de
Enfrentamento à Desinformação do TSE
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Google, Facebook, Twitter e WhatsApp aderem ao Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE
Em cerimônia
conduzida pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa
Weber, Google, Facebook, Twitter e WhatsApp – quatro das maiores plataformas de
mídias sociais e de serviço de mensagens do mundo – aderiram, na noite desta
terça-feira (22), ao Programa de Enfrentamento à Desinformação com Foco nas
Eleições 2020.
Ao agradecer a
parceria das plataformas, a ministra Rosa Weber classificou como nefasto o
efeito causado pela desinformação à democracia, ao processo eleitoral e à
sociedade de forma geral. O principal foco do Tribunal, segundo a ministra, é
provocar o envolvimento de todas as esferas sociais no combate à disseminação
de informações enganosas na internet.
“Nas Eleições de
2018, a Justiça Eleitoral promoveu ações voltadas a desmentir notícias falsas,
ampliando a divulgação sobre o funcionamento das urnas eletrônicas e, para
isso, contou com a contribuição de várias instituições públicas e privadas,
entre as quais estavam as plataformas aqui presentes. Para as Eleições
Municipais de 2020, pretendemos aperfeiçoar o modelo, com o envolvimento ainda
maior dos nossos parceiros”, afirmou a ministra.
Rosa Weber ressaltou, ainda, a capacidade que as quatro empresas têm de
rebater os efeitos negativos da desinformação ao aprimorarem tecnologias para
identificar o uso abusivo de bots e de outras ferramentas
automatizadas de divulgação de conteúdos. “Espero que possamos chegar ao
término das Eleições de 2020 convencidos de que o processo eleitoral não sofreu
maiores influências do fenômeno da desinformação e de que isso se deveu, e
muito, à contribuição dos parceiros do nosso programa”, concluiu a presidente
do TSE.
O termo de
cooperação foi assinado pelo diretor de Políticas Públicas do Facebook no
Brasil, Murillo Laranjeira, pelo diretor de Relações Governamentais e Políticas
Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, e pelo representante do aplicativo
WhatsApp, Thiago Sombra. A rede social Twitter formalizou o acordo por meio de
um documento enviado ao TSE.
Também estiveram
presentes na solenidade os ministros Luís Roberto Barroso, vice-presidente da
Corte Eleitoral; Jorge Mussi, corregedor-geral da Justiça Eleitoral; Og
Fernandes; Tarcisio Vieira de Carvalho Neto; Sérgio Silveira Banhos; e Carlos
Velloso Filho. Compareceram ainda o presidente do Tribunal Regional Eleitoral
de São Paulo (TRE-SP), desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin, e o
vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, além dos
integrantes do grupo gestor do Programa de Enfrentamento à Desinformação –
coordenado pelo juiz auxiliar da Presidência do TSE, Ricardo Fioreze –, e
outras autoridades e gestores da Corte Eleitoral.
Reunião de trabalho
Após a cerimônia de
assinatura do termo de adesão, os representantes das plataformas participaram
da primeira reunião de trabalho com o grupo gestor do programa. No encontro,
ficou acertado que os representantes das empresas se reunirão individualmente
com os gestores da equipe no próximo dia 11 de novembro, na sede do Tribunal,
para ajustar a estratégia de cada plataforma no combate à desinformação nas
Eleições Municipais de 2020 e para aperfeiçoar canais de comunicação com a
Justiça Eleitoral.
Os encontros
individuais servirão, ainda, para identificar pontos em comum e definir ações
concretas dentro da política de moderação e direcionamento de conteúdos de cada
plataforma, bem como potencializar a utilização das evoluções tecnológicas na
disseminação de informações oficiais da Justiça Eleitoral.
O coordenador do
grupo gestor do programa, juiz Ricardo Fioreze, ressaltou que as plataformas
estão atentas ao fenômeno e já vêm adotando medidas concretas de combate à
desinformação, por meio do desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas.
Ele reiterou a importância das plataformas no compartilhamento de material
educativo, no impulsionamento de informações verdadeiras e nos esclarecimentos
sobre a atuação da Justiça Eleitoral.
Os representantes
das plataformas digitais se comprometeram a atuar ativamente para desestimular
ações de proliferação de informações falsas e aperfeiçoar métodos de
identificação de possíveis práticas de disseminação de conteúdos falaciosos.
Eles parabenizaram o TSE pela iniciativa de combater a desinformação com uma
abordagem multifacetária e elogiaram o plano de trabalho proposto pelo Programa
de Enfrentamento à Desinformação, que prevê ações de curto, médio e longo
prazos.
Parcerias
O programa foi
instituído pela Presidência do TSE para combater os efeitos negativos
provocados pela desinformação no processo eleitoral brasileiro e com foco nas
Eleições Municipais de 2020. Atualmente, a iniciativa conta com 40 instituições
parceiras, entre partidos políticos e entidades públicas e privadas que atuam
em defesa da segurança na internet.
Confira abaixo a
lista das instituições que já assinaram o termo de adesão:
1. Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert);
2. Associação
Brasileira de Imprensa (ABI);
3. Associação
Brasileira de Internet (Abranet);
4. Associação
Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel);
5. Associação
Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint);
6. Associação
Nacional dos Jornais (ANJ);
7. Agência Aos
Fatos;
8. Associação
Acredito;
9. Associação
Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom);
10. Associação
InternetLab de Pesquisa em Direito e Tecnologia;
11. Boatos.org;
12. Conselho Gestor
da Internet (CGI.br);
13. Instituto
Palavra Aberta;
14. Instituto
Update;
15. Ministério da Justiça
e Segurança Pública;
16. Ministério
Público Federal;
17. Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
18. Partido Avante;
19. Partido
Comunista do Brasil (PCdoB);
20. Partido
Democracia Cristã (DC);
21. Partido
Democratas (DEM);
22. Partido Renovador
Trabalhista Brasileiro (PRTB);
23. Partido
Solidariedade;
24. Partido
Progressistas (PP);
25. Partido
Republicanos;
26. Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB);
27. Politize!;
28. Safernet
Brasil;
29. Sociedade
Brasileira de Computação (SBC);
30. Secretaria
Executiva do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral;
31. Agência Lupa;
32. Partido Social
Cristão (PSC);
33. Partido Podemos
(Pode);
34. Partido
Democrático Trabalhista (PDT);
35. Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República;
36. Instituto Não
Aceito Corrupção;
37. Google;
38. Facebook;
39. Twitter;
40. WhatsApp.
BA, MC/JB, DM
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