Antes de você começar a ler e se entristecer com a injustiça brasileira... Lembre-se após leitura de dar uma passadinha na loja virtual dos Revoltados ON LINE , www.prolart.com.br, adquira seus adesivos e camisetas FORA DILMA, LEVE O PT JUNTO COM VOCÊ...
Abraços e ótima leitura neste excelente artigo do Marco Villa...
Assinado
Marcello Reis
Fundador Revoltados ON LINE
Tel. 11.98295-5881 TIM
skype: marcello.reis74
email para denúncias: revoltadosonline@gmail.com
Há sempre um Revoltado ON LINE em TODO lugar, SEMPRE HÁ e SEMPRE HAVERÁ
PROL - Povo Revoltados ON LINE
Abraços e ótima leitura neste excelente artigo do Marco Villa...
Assinado
Marcello Reis
Fundador Revoltados ON LINE
Tel. 11.98295-5881 TIM
skype: marcello.reis74
email para denúncias: revoltadosonline@gmail.com
Há sempre um Revoltado ON LINE em TODO lugar, SEMPRE HÁ e SEMPRE HAVERÁ
PROL - Povo Revoltados ON LINE
TRISTE, PATÉTICO,
INSIPIENTE E INÓSPITO JUDICIÁRIO
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é formado por 33
ministros. Foi criado pela Constituição de 1988. Poucos conhecem ou acompanham
sua atuação, pois as atenções nacionais estão concentradas no Supremo Tribunal
Federal. No site oficial está escrito que é o tribunal da cidadania. Será?
Um simples passeio pelo site permite obter algumas
informações preocupantes.
O tribunal tem 160 veículos, dos quais 112 são automóveis e
os restantes 48 são vans, furgões e ônibus. É difícil entender as razões de
tantos veículos para um simples tribunal. Mais estranho é o número de
funcionários. São 2.741 efetivos.
Muitos, é inegável. Mas o número total é maior ainda. Os
terceirizados representam 1.018. Desta forma, um simples tribunal tem 3.759
funcionários, com a média aproximada de mais de uma centena de trabalhadores
por ministro!! Mesmo assim, em um só contrato, sem licitação, foram destinados
quase R$2 milhões para serviço de secretariado.
Não é por falta de recursos que os processos demoram tantos
anos para serem julgados. Dinheiro sobra. Em 2010, a dotação orçamentária foi
de R$940 milhões. O dinheiro foi mal gasto. Só para comunicação e divulgação
institucional foram reservados R$11 milhões, para assistência médica a dotação
foi de R$47 milhões e mais 45 milhões de auxílio-alimentação. Os funcionários
devem viver com muita sede, pois foram destinados para compra de água mineral
R$170 mil. E para reformar uma cozinha foram gastos R$114 mil. Em um acesso
digno de Oswaldo Cruz, o STJ consumiu R$225 mil em vacinas. À conservação dos
jardins — que, presumo, devem estar muito bem conservados — o tribunal reservou
para um simples sistema de irrigação a módica quantia de R$286 mil.
Se o passeio pelos gastos do tribunal é aterrador, muito
pior é o cenário quando analisamos a folha de pagamento. O STJ fala em
transparência, porém não discrimina o nome dos ministros e funcionários e seus
salários. Só é possível saber que um ministro ou um funcionário (sem o
respectivo nome) recebeu em certo mês um determinado salário bruto. E só. Mesmo
assim, vale muito a pena pesquisar as folhas de pagamento, mesmo que nem todas,
deste ano, estejam disponibilizadas. A média salarial é muito alta. Entre
centenas de funcionários efetivos é muito difícil encontrar algum que ganhe
menos de 5 mil reais.
Mas o que chama principalmente a atenção, além dos salários,
são os ganhos eventuais, denominação que o tribunal dá para o abono,
indenização e antecipação das férias, a antecipação e a gratificação natalinas,
pagamentos retroativos e serviço extraordinário e substituição. Ganhos
rendosos. Em março deste ano um ministro recebeu, neste item, 169 mil reais.
Infelizmente há outros dois que receberam quase que o triplo: um recebeu R$404
mil; e outro, R$435 mil. Este último, somando o salário e as vantagens pessoais,
auferiu quase meio milhão de reais em apenas um mês! Os outros dois foram
“menos aquinhoados”, um ficou com R$197 mil e o segundo, com 432 mil. A
situação foi muito mais grave em setembro.
Neste mês, seis ministros receberam salários astronômicos:
variando de R$190 mil a R$228 mil.
Os funcionários (assim como os ministros) acrescem ao
salário (designado, estranhamente, como “remuneração paradigma”) também as
“vantagens eventuais”, além das vantagens pessoais e outros auxílios (sem
esquecer as diárias). Assim, não é incomum um funcionário receber R$21 mil,
como foi o caso do assessor-chefe CJ-3, do ministro 19, os R$25,8 mil do
assessor-chefe CJ-3 do ministro 22, ou, ainda, em setembro, o assessor chefe
CJ-3 do do desembargador 1 recebeu R$39 mil (seria cômico se não fosse trágico:
até parece identificação do seriado “Agente 86”).
Em meio a estes privilégios, o STJ deu outros péssimos
exemplos. Em 2010, um ministro, Paulo Medina, foi acusado de vender sentenças
judiciais. Foi condenado pelo CNJ. Imaginou-se que seria preso por ter violado
a lei sob a proteção do Estado, o que é ignóbil. Não, nada disso. A pena foi a
aposentadoria compulsória. Passou a receber R$25 mil. E que pode ser extensiva
à viúva como pensão. Em outubro do mesmo ano, o presidente do STJ, Ari
Pargendler, foi denunciado pelo estudante Marco Paulo dos Santos. O estudante,
estagiário no STJ, estava num a fila de um caixa eletrônico da agência do Banco
do Brasil existente naquele tribunal. Na frente dele estava o presidente do
STJ. Pargendler, aos gritos, exigiu que o rapaz ficasse distante dele, quando
já estava aguardando, como todos os outros clientes, na fila regulamentar. O
presidente daquela Corte avançou em direção ao estudante, arrancou o seu crachá
e gritou: “Sou presidente do STJ e você está demitido. Isso aqui acabou para
você.” E cumpriu a ameaça. O estudante, que dependia do estágio — recebia R$750
—, foi sumariamente demitido.
Certamente o STJ vai argumentar que todos os gastos e
privilégios são legais. E devem ser. Mas são imorais, dignos de uma república
bufa. Os ministros deveriam ter vergonha de receber 30, 50 ou até 480 mil reais
por mês. Na verdade devem achar que é uma intromissão indevida examinar seus
gastos. Muitos, inclusive, podem até usar o seu poder legal para coagir os
críticos. Triste Judiciário. Depois de tanta luta para o estabelecimento do
estado de direito, acabou confundindo independência com a gastança
irresponsável de recursos públicos, e autonomia com prepotência. Deixou de lado
a razão da sua existência: fazer justiça.
0 Comentários